
Por Enzo Bernardes
Segundo Felipe Beraldi, gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, os maiores impactados da reforma no âmbito dos pequenos e médio empreendedores serão os que adotam o regime do Simples Nacional, sobretudo as B2B, que compram e vendem de outras empresas, fazendo parte do meio das cadeias produtivas:
“Essas empresas que são do Simples e que participam de cadeias produtivas, elas vão ter que fazer uma escolha de como lidar com o IVA, ou elas vão poder recolher o IVA por dentro do Simples, e vão gerar muito menos crédito para o próximo elo da cadeia, ou elas vão ter que lidar com uma carga tributária maior, recolhendo o IVA no regime regular”, explica.
A recomendação inicial dele é que essas empresas comecem desde já a fazer seus cálculos, a fim de compreender melhor suas estratégias e possíveis mudanças de posicionamento no mercado.
Estima-se que pelo menos 2 milhões de CNPJs pertencem a empresas optantes pelo Simples Nacional que atuam no modelo B2B. Felipe ressalta que essas empresas também precisam se planejar, pois, ao comprarem de outras empresas, é fundamental compreenderem os impactos sobre a carga tributária total envolvida no negócio.
Esta reportagem foi publicada anteriormente na 3ª edição da Revista da Reforma Tributária. Clique aqui para assinar e receber as próximas edições.