86% das empresas ainda não compreendem plenamente os impactos financeiros da reforma tributária

Por Enzo Bernardes

Um estudo conduzido pela KPMG constatou que 86% das empresas ainda não têm uma visão consolidada dos impactos financeiros da reforma tributária em seus negócios. A pesquisa contou com a participação de 35 empresas do setor de Financial Services.

Esse dado revela um cenário de incerteza e a necessidade de maior planejamento estratégico e capacitação das equipes para compreender como as novas regras podem afetar custos, preços e processos internos.

Ainda segundo o estudo, 66% das empresas afirmaram ter iniciado análises sobre os impactos financeiros e tributários da reforma, mas que essas avaliações ainda estão em andamento. Já 20% declararam não ter iniciado nenhum tipo de estudo, enquanto apenas 14% afirmaram ter concluído o processo de avaliação.

Prazos para adequações

A pesquisa também mostra que a maioria das empresas ainda corre contra o tempo para concluir suas adequações às novas exigências da reforma tributária. Segundo o levantamento, 60% pretendem finalizar seus trabalhos até dezembro de 2025, enquanto 6% planejam concluir até setembro do mesmo ano.

Já 14% projetam encerrar o processo apenas em junho de 2026, após a entrada em vigor da reforma. Além disso, 20% das companhias ainda não definiram um prazo para concluir as adaptações necessárias.

Aspectos que mais preocupam as empresas

O levantamento indica que o principal motivo de preocupação para as empresas, apontado por 40% delas, é a complexidade técnica da reforma e a incerteza jurídica sobre sua implementação.

Em seguida, 31% manifestaram apreensão com a necessidade de adaptação dos sistemas internos, 20% destacaram os possíveis impactos nos modelos operacionais e de negócios, e 9% citaram outros fatores.


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