Norma Brasileira de Contabilidade apresenta novas regras para demonstrações financeiras; leia a íntegra

Reg. 050-21 Dinheiro. Detalhe de moedas de Real.
Foto: Marcos Santos via USP Imagens

Por Gabriel Benevides, de Brasília

O CFC (Conselho Federal de Contabilidade) publicou na 2ª feira (22.dez.2025) a Norma Brasileira de Contabilidade, documento elaborado com base no Pronunciamento Técnico CPC 51, emitido pelo CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis).

A nova diretriz apresenta as regras para elaborar as demonstrações financeiras brasileiras. Os focos não são os números apresentados, mas como que as informações são demonstradas.

O item 47 da norma exige que as receitas e despesas na DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) se enquadrem na seguintes categorias obrigatórias:

  • Operacional.
  • Investimento.
  • Financiamento.
  • Tributos sobre o lucro.
  • Operações descontinuadas.

Professor da Jornada Tax e presidente do Comitê Tributário Brasileiro, Adriano Subirá explica em uma postagem no LinkedIn que a DRE deverá evidenciar os subtotais obrigatórios.

“O que muda é menos ‘o quanto’ você reconhece e mais ‘como’ você apresenta e explica o desempenho: a demonstração de resultado passa a exigir uma estrutura mais padronizada”, escreveu o especialista na rede social.

Ele dá como exemplo uma empresa fictícia com uma atividade principal “claramente definida”, como investimento em ativos. A norma altera o critério sobre o reconhecimento dos resultados em cada categoria (investimento, financiamento, etc).

Outro ponto relevante diz respeito às “medidas de desempenho definidas pela administração” –resultados apresentados de acordo com métricas da companhia, como lucro ajustado e EBITDA.

As empresas deverão apresentar uma nota explicativa sobre esses resultados com alguns objetivos:

  • Explicitar que isso é uma métrica própria.
  • Mostrar como as medidas se comparam àquelas definidas pela norma.

“Essa nota explicativa deve incluir uma declaração de que as medidas de desempenho definidas pela administração fornecem a visão da administração sobre um aspecto do desempenho financeiro da entidade como um todo e não são necessariamente comparáveis com medidas que compartilham identificações ou descrições semelhantes fornecidas por outras entidades”, diz o documento.

Leia a íntegra abaixo:

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