
Por Enzo Bernardes
Uma pesquisa feita pela empresa de recrutamento Robert Half indica que 53% das empresas devem contratar pelo menos 3 novos colaboradores por conta da transição da reforma tributária. Nas grandes companhias, 58% pretendem contratar 3 novos funcionários, e 33% visam contratar ao menos 5. Pequenas e médias empresas devem abrir de 2 a 4 novas vagas.

A pesquisa, que foi realizada com 100 profissionais que atuam diretamente com as mudanças da reforma, revelou também que a maioria das empresas ainda está na fase de adaptação para a reforma tributária, enquanto o mercado já demonstra aumento significativo na demanda por profissionais qualificados.
Para Vitor Silverio, diretor da Robert Half, a transição tributária significa um momento de complexidade adicional, onde o sistema atual e o novo modelo de tributos coexistirão. Nesse âmbito, os dados preocupam: 50% das empresas acreditam que precisam estar mais preparadas, e 37% admitem estarem despreparadas, ainda que tenham iniciado o processo de análise. Apenas 11% se consideram plenamente confiantes.

“Estar preparado significa antecipar impactos financeiros, ajustar estruturas operacionais e formar equipes capacitadas para lidar com as novas regras. Companhias que se organizarem desde já estarão em melhor posição para evitar riscos, aproveitar benefícios e garantir uma adaptação eficiente”, complementa Silverio. “O período de transição começa apenas em 2026, mas esperar até lá para se preparar é um erro estratégico. Quando a nova regra começar a valer, pessoas e processos já precisam estar prontos. A hora de agir é agora”, finaliza.
E visando uma boa preparação para a reforma, as contratações buscam, em sua maioria, o ingresso de profissionais para backfill da equipe responsável (69%) e a integração de especialistas em tecnologia para suprir demandas de parametrização e implementação das soluções fiscais (44%). O estudo revela ainda que 37% das organizações buscarão mão de obra qualificada para auxiliar no diagnóstico e entendimento dos impactos da reforma.

“No cenário atual, em que o Brasil apresenta as menores taxas de desemprego da história, tanto para a população em geral quanto para profissionais qualificados, a disputa por talentos tende a se intensificar. Companhias que não se anteciparem correm o risco de enfrentar escassez de mão de obra e de sobrecarga nas equipes atuais”, observa Vitor Silverio.
Além disso, a pesquisa informa também que as vagas serão abertas tanto para contratações fixas (58%) quanto para projetos temporários (42%). As áreas mais demandadas são (respectivamente):
- Jurídico.
- Fiscal;
- Contábil;
- Tecnologia da Informação.