Haddad confirma vontade de deixar Fazenda até fevereiro e diz que seu maior acerto foi a tributária

O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto - Foto via Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto – Foto: Marcelo Camargo via Agência Brasil

Por Gabriel Benevides, de Brasília

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta 5ª feira (18.dez.2025) a intenção de deixar o cargo“no mais tardar” até fevereiro do ano que vem. Ele disse que a vontade é trabalhar na campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Conversei com o presidente de que, se o meu pleito for atendido, de alguma maneira, [gostaria] de poder concorrer na condição de colaborador da campanha”, declarou o ministro em um café da manhã com jornalistas realizado na sede da Fazenda, em Brasília. O Portal da Reforma Tributária esteve presente.



A conversa com a imprensa teve um tom de despedida por parte do ministro. Questionado sobre qual o ponto mais alto de seu mandato, respondeu que“tranquilamente” foi a reforma tributária.

“O acerto maior, tranquilamente, foi a reforma tributária. A maior reforma tributária já feita. Uma PEC, duas leis complementares […] Vamos botar o sistema operacional no ar. É uma coisa colossal. Vai dar muita transparência. O impacto que vai ter na opinião pública eu não sei qual é, mas vai mexer com o país inteiro”, declarou o ministro.

A intenção de deixar o cargo já era ventilada pela imprensa. Mas esta é uma das primeiras vezes que o ministro fala publicamente sobre o assunto.

Mais cedo, Lula havia dito em uma coletiva à imprensa que gostaria de ter Haddad como candidato em São Paulo. Entretanto, o presidente afirmou que a escolha final é do atual chefe da equipe econômica.

Questionado sobre quem poderia assumir a equipe econômica, Haddad desconversou, mas sinalizou que gostaria de ter alguém de sua atual equipe. No momento, o nome mais cotado é o secretário-executivo, Dario Durigan.

“Obviamente que é um cargo do presidente da República. Agora, eu sou uma pessoa que não despacho sozinho para o presidente da República. Gosto de promover as pessoas que trabalham comigo”, disse Haddad.

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