
O iFood desembolsou quase R$ 1 bilhão em tributos à Receita Federal após o governo vencer uma disputa judicial que considerou indevida a utilização, desde 2023, dos benefícios fiscais do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) pela plataforma de entregas.
Durante a pandemia, o iFood (que teve grande crescimento com o aumento das entregas) foi a empresa que mais deixou de pagar impostos pelo Perse, programa voltado a setores afetados pelas restrições.
Controlado desde 2022 pelo grupo holandês Prosus, o iFood perdeu na Justiça em agosto, quando o TRF-3 confirmou que a empresa não tinha direito à isenção após a portaria que restringiu as atividades beneficiadas. O tribunal entendeu que a empresa deveria ter retomado o pagamento dos tributos a partir de maio de 2023, mas a empresa continuou usufruindo dos benefícios fiscais amparada por decisões liminares.
A resposta do Ifood
O iFood informou ter quitado os tributos devidos em parcelas entre setembro e outubro, mantendo-se em dia com suas obrigações fiscais. Segundo a empresa, os valores já estavam previstos em seu balanço, o que teria evitado impacto financeiro nas operações. A companhia também afirmou que utilizou os benefícios fiscais apenas enquanto havia decisão judicial que autorizava seu uso.
Os pagamentos contribuem para o esforço do governo em alcançar a meta de déficit fiscal zero em 2025, em um contexto de pressão orçamentária após a derrubada da MP 1303, que previa aumento de tributos e cortes de gastos.



