Por Gabriel Benevides, de Brasília
Estudo divulgado no domingo (31.out.2025) pela consultoria PwC mostrou que 37% das empresas ainda estão em fase inicial de adaptação para a reforma tributária. Outras 32% se encontram em estágio avançado.
Só 10% disseram já ter concluído as análises de impacto, mas com planejamento dos ajustes. Um total de 9% estão com os ajustes em andamento.
O levantamento ouviu representantes das companhias. Não há menção ao número de empresas respondentes.
Ao considerar o avanço na reforma por nível de faturamento, percebe-se que as empresas com mais dinheiro adiantaram as análises.
Um total de 36% das companhias com receita acima de R$ 5 bilhões estão com análises avançadas de impacto, enquanto 12% já concluíram os processos.
Na contramão, não há registro de negócio com receita de até R$ 500 milhões com que já terminou as análises.
As discrepâncias também são perceptíveis ao comparar as regiões. Por exemplo, todas as empresas do Centro-Oeste estão em fase inicial de análise. O percentual é de 45% no Nordeste.
O Sudeste foi o que mais avançou, com 29% das empresas em estágio de conclusão da análise. Leia o panorama abaixo:
“O estágio de análise é bastante desigual pelo país, com regiões mais desenvolvidas economicamente, como Sudeste e Sul, em estágios mais avançados de preparação, enquanto Nordeste e Centro-Oeste enfrentam maiores dificuldades para evoluir nesse processo”, diz o estudo.
A pesquisa revelou ainda como a reforma tributária exige um time multidisciplinar. Questionados sobre quais equipes foram deslocadas para cuidar da adaptação –além do tributário– as respostas apontam para uma presença forte das equipes de contabilidade e TI (Tecnologia da Informação).
Por outro lado, o estudo também mostrou haver incertezas sobre a organização de funcionários durante o processo da reforma.
Questionados se haveria necessidade de contratar mais profissionais por causa das novas regras tributárias, a maioria (58%) declarou e não ser possível dar uma resposta sobre o tema.
Outros 12% sinalizaram a necessidade de contratar mais funcionários, enquanto 27% disseram que não haverá impacto.
